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28.4.07

Dicas de plantas do Dr. Arruda



Gosto muito de plantas, mas admito que não converso com elas o tempo todo, apenas digo o estritamente necessário.

Às vezes me desculpo também, por minha displicência. Cachorros e gatos já teriam me virado a cara, tendo mais gratidão à uma goteira como forma de conseguir água para sobreviver. Uma vez estranhei meu Pequinês estar latindo para a torneira do tanque até que descobri que sua vasilha estava vazia.

Já fiz o contrário também, afoguei um cactos por excesso de bondade. Achei que uma colher de sopa seria muito pouco e servi uma quantidade generosa de água. Realmente de boas intenções o inferno está cheio.

Timing para alimentar uma planta é fundamental, mas devia existir algum truque tecnológico para preservarmos o verde de nossos lares.

Existe o truque de fincar uma garrafa cheia de água na terra, mas já ouvi casos em que a água não desceu por alguma tecnicidade do gênero.

Ao contrário dos minerais, tanto animais quanto vegetais ficam desidratados sem água. Até mesmo o leite fica desidratado, mas esta é uma opção comercial que não vem ao caso.

Uma pessoa sem água no organismo precisa de uma aplicação de soro urgente. Mas, ao contrário dos humanos podemos usar o processo do soro nos vegetais também como uma medida preventiva.

Este fato nos leva à outra dica do já citado especialista em plantas, designer e colaborador do Reino em matérias anteriores, Clóvis Arruda - que um dia escreverá um texto para o Reino quando achar uma pausa de seu universo atribulado. Mesmo assim, o Dr. Arruda conseguiu enviar as instruções para um alimentador de plantas com um dosador de soro para suas amigas sedentas.

Sim, você ainda terá que colocar água, mas com menos regularidade. Sua querida plantinha vai receber doses homeopáticas e constantes de alimento para uma vida saudável.

Criemos então um alimentador de plantas, para variar, em 3 passos simples:

FIGURA " A "

Pegue uma garrafa PET limpa e faça um furo (não muito grande) em sua tampa usando um saca-rolhas. Pegue Regulador para soro (vendido nas farmácias) e encaixe o seu conta-gotas na tampa da garrafa.

FIGURA " B "

Encha a garrafa de água e encaixe a tampa com o conta-gotas, paralelamente pegue uma sacola de supermercado e com uma tesoura corte um pequeno pedaço do fundo.

FIGURA " C "

Vista a garrafa com a sacola plástica colocando a boca da garrafa para fora do buraco recém cortado. Tenha certeza que toda a fiação do dosador também ficou para fora. Pegue a sacola pelas alças deixando a garrafa de cabeça para baixo. Basta agora pendura-la em algum ponto acima de sua planta e regular o dosador para o mínimo de água possível.

Agora, se mesmo aguando direito suas plantas elas estiverem morrendo, talvez seu problema não seja apenas a falta de dedo verde. As vezes o lugar certo na hora certa é o ponto a se pensar. Seu lar é seco? Quente? Escuro? Cheira a peixe?

Saiba que cada planta, assim como cada lar, tem uma característica própria. Combinar estes elementos dos dois pode ser a diferença entre a vida e a morte. Assim o Doutor prescreveu uma pequena lista de super plantas que com certeza sobreviverão a você. Por variações de nomes destas plantas foram mantidos os nomes científicos, assim cabe a você e a Dona Web descobrirem como sua plantinha se chama na região que você mora, vamos lá?

- Qualquer membro da família dos cactus
(Sem alimentador neste caso, seja mão-de-vaca com a água)

- Sansevieria trifasciata
(no Brasil inteiro chamada de Lança ou Espada-de-são-jorge)

- Fícus Benjamina

- Dracaena Arbórea

- Raphis Humilis

Precisando dos serviços de Clóvis Arruda escreva para o e-mail terra@vista.com.br lembrando que ele é Doutor apenas meio período e Designer/Cientista Louco em tempo integral.

Querendo se aprofundar no universo das plantas? O próximo passo então é saber mais sobre a floresta das 1001 plantas sagradas.

Se você esqueceu de alimentar sua planta esta semana, sirva uma dose de água para sua colega ainda hoje.

Salute!

Coronel Von Lehmann

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14.4.07

Duas ilhas e nenhuma tropical


Desde que iniciei minhas explorações internacionais como turista tiki nunca havia visitado alguma ilha para beber com os nativos. Se eu pudesse visitar um bar tropical em uma ilha, Nova Iorque e Londres no inverno seriam opções em minha lista?

Claro que sim! Na verdade minha visita nessa estação em particular clamava por um refúgio tropical. Além do mais minha mulher já há muito conhecia minhas pesquisas nesta forma de antropologia urbana, mas nunca fora comigo a um bar tiki. Em suma, 2 motivos para minha incursão em 1.

Antes da famigerada imersão polinésia faço uma menção honrosa a outro bar em Nova Iorque, que apesar de não-tiki também faz tributo ao kitch. A Destiny, a mulher do Peov (casal maravilhoso que nos acolheu e ciceroneou pela cidade) apresentou este bar intitulado de “Trailer Park Lounge”.

Para quem não sabe americano pobre mora em estacionamentos de trailers, que nunca vão a lugar algum. Assim, inspirado neste este tema criou se este bar, com um ambiente repleto de memorabílias toscas e engraçadíssimas. Pôsteres de intérpretes de Elvis, uma manequim grávida de shortinho jeans com cigarro e cerveja na mão....não esquecendo a carcaça de um trailer cravada na parede. Aliás, tudo que é servido no local, desde as fritas à cerveja, passa por uma fina seleção a fim de ficar o mais pé rapado possível. Tudo com muito charme, obviamente.

TIKI? Não. Mas kitch com um K maiúsculo e gótico, do jeito que se iniciavam os livros do gênero Era uma vez...um estilo que tem definitivamente tudo haver com estes novos undergrounds metaleiros, caipiras e barbudos usando bonés de caminhoneiro com tatuagens à mostra. Tanto esse refúgio de White Trash quanto esta amostra grátis da polinésia se localizam na ilha de Manhahatam, um saudável escapismo se você mora em uma selva de concreto.

Próxima parada, o Otto's Shrunken Head (ou A Cabeça Encolhida do Otto), bar tiki mais hardcore que os tradicionais havaianos, com um certo clima 60 urbano. Decoração mais Dinner, com atendentes que dão a má fama aos nova iorquinos pela pouca simpatia. Mas estávamos com uma gangue de amigos que, como diz o chavão, fazem o ambiente.

Os drinks eram servidos nas tradicionais canecas mediante depósito, se você estivesse muito bêbado e a roubasse sem querer ela já estaria paga. Comprei 2 réplicas clássicas e ganhei uma mini copo de shot do Freitas, que acabara de tomar uma dose de Tikila. Havia também uma banda toscona nos fundos, a qual não demos muita atenção, ficamos mesmo é curtindo uma cabine de fotos instantâneas velhona entre o bar e o palco do fundo. Foi emocionante colocar 4 pessoas naquele cubículo e posar para 4 poses diferentes para 4 minutos depois ter uma seqüência de fotos P&B. Analogicamente cativante!

Assim como Kurt Russel fizemos uma rápida fuga de Nova Iorque, no momento que uma nevasca se formava.Tomamos um vôo rumo a Londres no típico estilo Jet Set, pois São Paulo - Nova Iorque - Londres é um trajeto clássico da era em que aviões não tinham autonomia para vôos diretos.

Próxima parada South London Pacific. Um ex pub que apesar convertido em bar tiki há mais de 5 anos ainda recebia desvisados no balcão pedindo por Pints (ou copos de 500ml) de cerveja. Relutantes em ouvir que lá era um bar de coquetéis e não havia cerveja alguma - Tivemos até que tirar as antigas torneiras do bar para não insistirem em pedir cerveja - me disse Pedro, o gerente local - As pessoas inicialmente tem dificuldade em entender esta cultura, mas acabam se envolvendo pelo ambiente.

Realmente, tudo era bem caprichado com até mesmo adereços de madeira entalhada (normalmente os decorativos são de plástico imitando), com drinques clássicos e variações inusitadas como o Brazilian Mai Tai - drinque icônico que teve suas doses de Rum substituídas por cachaça Sagatiba. Por fim vim a saber que Pedro também trabalha como representante comercial desta nossa cachaça na Inglaterra.

Ele por sinal já conhecia São Paulo e falava português de Portugal, por conta da ascendência de seus pais. Tenho que citar obrigatoriamente o qual fui bem tratado, pois ele recebeu a este turista tiki que vos escreve maravilhosamente bem. A ponto de me conseguir uma camiseta do staff como souvenir, e , apesar de estar bem ocupado foi muito atencioso em matar minhas indagações.

Qual esporte os brasileiros e ingleses amam? Fora uma birita gostosa e boa seleção musical há um pebolim (ou totó) em que os jogadores fora repintados para ficarem havaianos.

Fiquei anotando detalhes, fotografando o local e namorando minha menina, que já estava se tornando uma degustadora dos drinques locais.

Mesmo em 2 nos sentimos muito bem principalmente pelo atendimento de todo staff local. Soube que os caras do bar de NY haviam vindo a Londres visitar o South London Pacific, deviam então ter aprendido um pouco desta cortesia.

Ainda há mais uns 2 bares tiki que eu reclassificaria em Londres como restaurantes polinésios, menos despojados e mais metidos a besta. Passei na porta do Kahini e não pudemos entrar, havia uma festa particular chique e parecia cheio de povo de escritório, argh. O outro o Trade Vick, filial de um clássico americano.

Enfim, voltei com mais 2 carimbos em meu passaporte tiki e uma porção de bons momentos na cabeça, sabendo que não é só no calor que achamos um oásis.

Segue os links para os interessados que possam ter mais sede de detalhes:

Trailer Park Lounge - Nova Iorque

Otto's Shrunken Head - Nova Iorque

South London Pacific - Londres

E bon voyage!

Coronel Von Lehmann

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